Conversando com Mabel
Cuidado Mabel! Você não pode passar por ai. Não está vendo os homens da Prefeitura trabalhando? Sim, eles estão consertando a malha asfáltica da Cidade. Vai ficar tudo tão lindo que não ficará buraco nem mesmo para esconder um peba.
Ah, Mabel, tadinha de você que chora, desde ontem, com dor de barriga. Se você tivesse tomado chá de casca de laranja torrada já teria ficado boa. Mas não, você fica esperando que chegue remédio nos postos de saúde, mesmo sabendo que vai demorar. Pois é, a Prefeitura não tem dinheiro. Melhor é você ir logo fazer um vale no Dr. Rodolfo e acabar com esse padecer.
Ah, pare com isso Mabel! Você sempre comeu essa ração sem reclamar. Com eu vou saber se é Friboi? Você anda assistindo muito televisão. Desde quando uma cadela rejeita carne mesmo estragada: você só quer ser o que não é dona Mabel.
Vá se arrumar que nós vamos ao shopping comprar seu shampoo. Nada de Botecaro. Vai ser um baratinho mesmo. E prepare-se psicologicamente para andar em escada rolante.
Até logo mais, Mabel.
E nem adianta ficar no mi-mi-mi, pois a lei da terceirização foi aprovada e vai enterra essa estória de concurso público e a estabilidade que permitia o empregado falar mal da mãe do chefe sem ter medo de perder a boquinha.
A exportação de carne do Brasil despencou de U$ 63 bilhões para pouco mais de U$ 70 mil. Não tem um só boi que não berre nos frigoríficos, isso com desgosto de não ter mais como sair do Brasil para os países do primeiro mundo. É triste apodrecer neste mar de corrupção.
Enfim o prefeito de Sobral decidiu acudir agentes de endemias e administrativos aprovados em concurso há mais de um ano. Pelo visto as promessas feitas a Santo Expedito tiveram força e quebraram a inércia da Gestão.
De vez em quando a gente vê a santa lá de cima do arco balançando a cabeça em sinal de protesto à imbecil colocação de uma estação do VLT em pleno canteiro central de uma avenida. Depois dela nunca mais o trânsito foi como antes. Coisa mais ridícula.
A Prefeitura deveria substituir os semáforos que não se adaptam com o clima do inverno. Os equipamentos devem ter sido fabricados nos desertos africanos, pois apagam todas as vezes que o tempo nubla. Triste.
A pergunta que não pode calar: quando é mesmo que o povo do Egito sobralense sairá do castigo de trabalhar sem receber dinheiro?
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